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PLANTAS MEDICINAIS: TOMILHO

Nome popular TOMILHO
Nome científico Thymus vulgaris L.
Fotos ampliadas 1 | 2 | 3 (Foto 3 - Site Sabor de Fazenda)
Família Lamiáceas (Labiadas)
Sinonímia popular Tomilho, serpão, serpil, serpilho, serpol, timo
Parte usada Capítulos florais (sumidades floridas) e folhas, utilizados frescos ou secos ao sol.
Propriedades terapêuticas Carminativa, antiespasmódica, antitussígena, expectorante, bactericida, anti-helmíntica e adstringente
Princípios ativos Óleos voláteis - líquido incolor que gradualmente fica vermelho, tem cheiro medicinal e sabor ácido (principalmente timol e carvacrol), flavonóides, ácido cafeico, ácido oleanólico, ácido ursólico, resinas, saponinas e taninos.
Indicações terapêuticas Desobstrução das vias aéreas, tosses, asma, laringite, amigdalite (como gargarejo); fortalecer as raízes dos cabelos, diminuindo a queda; banho estimulante; dispepsia (má digestão); auxilia a eliminação de gases intestinais.
Informações complementares
Origem
Costas européias do Mediterrâneo.
Nomes em outros idiomas
  • Thyme (inglês)
  • Thym, serpolet (francês)
  • Tomillo, tomillo de jardín, tremoncillo, carrasquilla (espanhol)
  • Timo, timo maggiore (italiano)
  • Echter thymian (alemão)
Outras espécies
  • Thymus x citriodorus (com rico aroma cítrico e flores cor-de-rosa)
  • Thymus herba-barona (folhas verde-escuras)
  • Thymus serpillum
Características gerais
Arbusto perene, que atinge até 30 cm de altura, sempre verde, de caule tortuoso, lenhoso rasteiro, do qual partem os numerosos ramos eretos compactos, formando touceiras. As folhas são opostas, pequenas, sésseis (sem pecíolo) ou com pecíolo curtos, lineares, lanceolados, oblongos ou ovais, com bordos enrolados para baixo, verdes na face superior e verde-acinzentadas na inferior.
As flores são pequenas, rosadas ou brancas. A planta toda possui um odor aromático e sabor picante, amargo (Panizza, 1999).
Propaga-se por divisão de touceiras, por estacas e por sementes. Quando propagada por sementes, resulta em plantas mais ricas e aromáticas. Desenvolve-se bem em regiões de altitude média. Não floresce no Brasil e nem em regiões tropicais.

Confusões
Muitas vezes confundida com o orégano, devido à semelhança das folhas.
Uso medicinal - receitas populares
Contra tosse
Em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de flores e folhas, adicione água fervente, abafe por 10 minutos e coe. Adoce com mel ou açúcar mascavo. Tome 1 xícara de chá morno 3 vezes ao dia.
Contra queda dos cabelos
Em 1 copo de água fervente, coloque 2 colheres de sopa de folhas e flores. Deixe esfriar. Após a lavagem dos cabelos, massageie o couro cabeludo com o chá e deixe agir por 15 minutos. Repita 1 vez por semana.
Em casos de bronquite
Em 100 ml de água fervente, colocar 3 gramas de tomilho, repousar por 18 minutos, adoçar com mel. Tomar 3 xícaras ao dia (Gonsalves, 2002)
   Uso culinário

Ramos frescos para aromatizar carnes, peixes, verduras, legumes, queijos e pizzas. Utilizado como aromatizante de carnes e embutidos, pois ajuda a preservar a carne do desenvolvimento de fungos (Negraes, 2003).
Um dos ingredientes do bouquet garni e também das ervas da Província (herbes de Provence).
Usado para rechear pepinos, tomates, pimentões e berinjelas. Pode ser adicionado a vinagres ou azeites.
Um pouco de história
O nome Thymus vem do grego e significa força ou coragem. Considerado remédio dos fracos e desanimados, estímulo dos guerreiros e antidepressivo dos romanos (utilizado em banhos aromáticos). Foi plantado nos Jardins de Carlos Magno.
Para os gregos, o tomilho teria brotado das lágrimas de Helena de Tróia. Suas folhas eram queimadas como incenso, por ser a planta sinônimo de força, felicidade, coragem e altivez.
Os egípcios e os etruscos costumavam embalsamar seus mortos com esta e outras ervas.
No século XVII, fazia-se uma sopa com tomilho e cerveja para "curar a timidez".
Contra-indicações
O óleo é tóxico, não devendo ser ingerido. Só deve ser usado externamente - uso tópico - diluído em óleo-base (carreador).
Não há relatos de problemas causados durante a gestação ou lactação, desde que usado em doses moderadas. Tem reputação de afetar o ciclo menstrual, não devendo, portanto, ser ingerido em doses altas (Newall, 2002).
Considerado seguro para utilização culinária.
Referências bibliográficas
  1. CREASY, Rosalind, The edible herb garden, Periplus, 1999, Singapura, p. 61
  2. GONSALVES, Paulo Eiró, Alimentos que curam, 14ª edição, IBRASA, 2002, São Paulo, p. 154
  3. LORENZI, Harri, MATOS, F. J. Abreu, Plantas medicinais no Brasil - nativas e exóticas, 1ª edição, Instituto Plantarum, 2002, Nova Odessa, p. 264
  4. NEGRAES, Paula, Guia A-Z de plantas - condimentos, BEI, 2003, São Paulo, p. 194-196
  5. NEPOMUCENO, Rosa, Viagem ao fabuloso mundo das especiarias, Editora José Olympio, 2ª edição, São Paulo, 2003, p. 200-201
  6. NEWALL, Carol A., ANDERSON, Linda A., PHILLIPSON, J. David, Plantas Medicinais - Guia para profissional de saúde, 1ª edição brasileira, Editorial Premier, 2002, São Paulo, p. 258-259
  7. PANIZZA, Sylvio, Plantas que curam - cheiro de mato, 20ª edição, IBRASA, 1997, São Paulo, p. 193-194
  8. SCHULZ, Volker, HÄNSEL, Rudolph, TYLER, Varro E., Fitoterapia Racional, 1ª edição brasileira, Manole, 2002, São Paulo, 181-182
Colaboração
Débora Gikovate - Bióloga, Especialista em Plantas Medicinais (São Paulo, SP), janeiro de 2005. Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp
 

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