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PLANTAS MEDICINAIS: MARROIO

MARROIO 

Nome popular MARROIO
Nome científico Marrubium vulgare L.
Família Lamiacea
Sinonímia popular Marroio-branco, marroio-de-frança, marroio-vulgar, marrulho; bom-homem, erva-virgem (Brasil)
Parte usada Folhas, partes aéreas floridas.
Propriedades terapêuticas Digestiva, expectorante, colerética, antipirética
Princípios ativos Lactonas diterpénicas, ácidos fenólicos, saponósidos, sais minerais, flavonóides, antocianinas, alcalóides .
Indicações terapêuticas Dispepsias, anorexia, flatulência, afecções brônquicas, gota, hipertensão arterial, tosse, bronquite.
Informações complementares Habitat e distribuição
Planta vivaz lenhosa, nativa da Europa, está hoje naturalizada na América do Norte e do Sul, crescendo em terrenos secos e áridos. Encontra-se frequentemente nos campos incultos e cultivados, caminhos, entulhos e muros em quase todo o Continente e ilhas adjacentes.
Constituintes (cont.)
Lactonas diterpénicas amargas [marrubiina (1 a 2%), premarrubiina, marruiol, peregrinol, vulgarol]; ácidos fenólicos (derivados do ácido cafeico, ácido ferúlico); saponósidos; vestígios de óleo essencial; colina; taninos (2 a 3%); sais minerais; flavonóides (O-heterósidos e C-heterósidos de flavonas); antocianinas; alcalóides tipo pirrolidina [betonicina (0,3%].
Farmacologia e actividade biológica
Os constituintes amargos são responsáveis pelas propriedades digestivas. Os saponósidos têm propriedades secretolíticas (expectorante e colerética) para além de uma acção antipirética; para além de uma acção antipirética; em relação à colerética contribuem, também, os ácidos fenólicos. Acção diurética ligeira pelos sais.
Usos etnomédicos e médicos
Dispepsias hipossecretoras, anorexia, flatulência, disquinesia hepatobiliar. Afecções brônquicas. Estados que beneficiam com boa diurese: infecções urinárias, gota, hipertensão arterial.
Principais indicações
Tosse produtiva e bronquite; sintomas dispépticos associados a disfunção hepatobiliar.
Usos aprovados pela Comissão "E" (German Commission E Monographs)do Ministério da Saúde da República Federal Alemã: perda de apetite, dispepsia com enfartamento e flatulência.
Contra-indicações
Dispepsias hipersecretoras.
Efeitos secundários e toxicidade
Trata-se de uma planta com constituintes amargos, pelo que não é bem tolerada quando da existência de gastroentrites ou de síndromas acompanhados de náuseas ou vómitos. Ao se usarem infusões, estas devem ter correctores de sabor. Empregar tratamentos descontínuos, por períodos curtos.
Observações
Não deve ser confundido com o marroio-fétido (Ballota foetida), que tendo idênticas propriedades terapêuticas, tem, no entanto, um gosto e odor mais desagradáveis.
Formas de administração e posologia

  • Uso interno. Dose média diária: 4,5g
  • Infusão: uma colher de sobremesa por chávena, 3 chávenas por dia, como aperitivo antes das refeições.
  • Tintura (1:10): 50 a 100 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
  • Pó: 100 mg por cápsula, 1 a 5 vezes por dia.
Referência bibliográfia
  • Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia Colaboração
    António Proença da Cunha, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, co-autor do livro Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Setembro de 2006.

    Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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