Nome popular | MACELA |
Nome científico | Achyrocline satureoides DC. |
Família | Asteraceae |
Sinonímia popular | Macela-do-campo, macelinha, macela-amarela, camomila-nacional, carrapichinho-de-agulha, marcela, losna-do-mato, macela-do-sertão, chá-de-lagoa. |
Parte usada | Inflorescências |
Propriedades terapêuticas | Antiinflamatória, calmante, bactericida, antidiarréica, colinolítica, mio-relaxante, antiespasmódica, digestiva, estomáquica, emenagoga e antiviral. |
Princípios ativos | Flavonóides: quercetina (1,3%), luteolina, galangina, isognafalina; ésteres da calerianina com ácido caféico e ácido protocatéquico; óleo essencial, saponinas triterpênicas; pigmentos amarelos (bioflavonóides); taninos. |
Indicações terapêuticas | Problemas digestivos, flatulências, má digestão, colecistite, diarréias, cólicas abdominais, azia, contrações musculares bruscas, inflamações, disfunções gástricas, inapetência, disenterias, distúrbios menstruais, dores de cabeça, cistite, nefrite. |
Informações complementares Origem América do Sul. Vegeta no Brasil nos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Aspectos agronômicos A reprodução é por sementes, sendo a planta muito resistente e pouco exigente em termos de solo e água. A conservação in vitro por meio de propagação vegetativa de meristemas foi obtida, por oito anos, sem modificação morfológica visual das plântulas. Reprodução a partir de explantes de raízes e folhas, de sementes germinadas in vitro vem sendo realizados, obtendo-se formação de calos organogênicos com surgimento de folíolos e raízes a partir de folhas. Aspectos históricos Achyrocline, do grego "akhyron", quer dizer palha e "cline" quer dizer cama. Já satureoides é relativo a "satureira", nome latino usado por Plínio para uma planta (hoje é também nome de um gênero na família Laminacaea). Os Egípcios dedicavam a Macela ao Sol e prezavam-na mais do que todas as outras devido às suas propriedades curativas, enquanto os médicos gregos a receitavam para febres e perturbações femininas. É também muito apreciada pelas suas folhas de cheiro suave, a maçã. O seu aroma relaxante era também usado em inalações, ou fumado para aliviar a asma e curar as insônias. É tradição colher as flores da macela na semana santa, especialmente sexta-feira. Indicações terapêuticas (continuação) Tosses espasmódicas, arteriosclerose, hipercolesterolemia. Uso fitocosmético Estimulante da circulação capilar, contra queda de cabelos, peles e cabelos delicados. Popularmente utilizada para clarear cabelos. Protetor solar. Farmacologia Os flavonóides atuam como estimulantes da circulação, reduzindo a fragilidade dos capilares. Sua pronta absorção através da camada cutânea da pele tem demonstrado aumentar a circulação sanguínea periférica. Em pesquisas realizadas com o extrato aquoso, foram demonstrados as atividades colinolíticas e mio-relaxante. Além disso, sugerem um efeito sedativo, nas doses de 250 a 500mg / Kg, via oral e intra- peritoneal. A atividade antiviral desta planta foi relacionada com a presença predominante de compostos flavonóidicos, principalmente 3-0-metilflavonas. As saponinas do grupo oleanano agem em nível da inibição da síntese do DNA do vírus herpético tipo 1. Contra-indicação Seu uso é contra indicado às pessoas sensíveis à erva. Dosagem indicada Fitoterápico Uso interno como digestivo (infuso): 10g de flores em 1 litro de água. Tomar 3 a 4 vezes ao dia, preferencialmente após as refeições. Uso Externo (infuso): 30g de flores em 1 litro de água. Aplicar na forma de compressas, 3 a 4 vezes ao dia. Fitocosmético Xampus, sabonetes: 2-5% de extrato glicólico. Infuso a 5%: como enxágüe para clarear os cabelos. Bibliografia
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