Nome popular | JURUBEBA |
Nome científico | Solanum paniculatum L. |
Fotos ampliadas | 1 | 2 | 3 | 4 |
Família | Solanaceae |
Sinonímia popular | Jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba, joá-manso. |
Parte usada | Raizes, folhas e frutos. |
Propriedades terapêuticas | Tônica, desobstruente, digestiva. |
Princípios ativos | Esteróides, saponinas, glicosídeos e alcalóides. |
Indicações terapêuticas | Febre, hidropsia, doenças do fígado, diabetes, tumores do útero e abdomen, anemias, inflamações do baço, problemas de bexiga, ressaca, |
Informações complementares Espécies aqui comentadas Jurubeba é uma pequena árvore da família das Solanaceae, cresce a 3 metros em altura, podendo chegar a 5 metros, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul. Existem dois tipos de jurubeba: macho e fêmea. Os usos indígenas de jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso em medicamentos brasileiros foi bem descrito. Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia" Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcalóides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas, O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tubérculos comestíveis, embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz. Muitas espécies de Solanum são conhecidas como "jurubeba", tal como a Solanum paniculatum, uma planta nativa nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência. Os principais nomes populares são: jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato. Princípios ativos Os componentes ativos da jurubeba foram documentados na década de 60 quando pesquisadores alemães descobriram novos esteróides, saponinas, glicosídeos e alcalóides nas raízes, caule e folhas. Os alcalóides foram encontrados em maior abundância nas raízes, enquanto que nas folhas encontram-se as maiores concentrações de glicosídeos. Esses compostos também têm algum efeito tóxico, de modo que não se recomenda a ingestão freqüente de preparações de jurubeba. As propriedades farmacológicas documentadas desde a década de 40 incluem o uso para estômago, febres, diurético e tônico. Estudos em animais indicaram que extratos da planta em água ou álcool foram eficazes em reduzir a pressão sanguínea enquanto aumentando a respiração em gatos, evidenciando uma ação estimulante no coração. Solanum fastigiatum A Solanum fastigiatum, conhecida como jurubeba do sul, é uma planta nativa na região Sul do Brasil, ocorrendo também nos países da Bacia do Prata. Comum no Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central; presente também em outros estados sulinos. A origem do nome vem do adjetivo latino "fastigiatum", "que termina em ponta", motivado pelos ramos fasciculados da inflorescência, que apresentam frutos em suas pontas. Os nomes populares são: jurubeba, jurubeba-do-sul, jurubeba-velame, velame. Essa planta é bastante parecida com diversas outras, que também são conhecidas pelo nome vulgar de jurubeba e é usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum. Como existem preparações comerciais à base de jurubeba, é comum que as firmas que as apresentam recebam material de plantas parecidas, inclusive de Solanum fastigiatum. Cuidado A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados. Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de "olhar estrelas" e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara. Solanum asperolanatum A Solanum asperolanatum, conhecida como jupeba, é uma planta arbórea perene, com até 3 a 4m de altura, reproduzida por semente, nativa na América Tropical, com ocorrência esparsa no Brasil, geralmente confundida com outras espécies. A origem do nome vem do latim "asperu", áspero, e "lana", lã. Recebe os seguintes nomes populares: jurubeba, jupeba. A planta é parecida com outras espécies de "jurubebas", pelo aspecto geral e pelos frutos. Distingue-se de Solanum paniculatum pelo posicionamento das inflorescências e pelas flores brancas. Plantas novas podem ser confundidas com Solanum variabile, pois em ambas as espécies ocorrem pêlos ferrugíneos. É usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum, e também nas preparações comerciais a base de jurubeba que são preparadas indistintamente com várias espécies de Solanum. Solanum variabile A solanum variabile, conhecida como jurubeba falsa, é uma planta nativa na região Meridional do Brasil e regiões limítrofes dos outros países. No Brasil é relatada a ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, com maior intensidade na região Sul, sendo muito freqüente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com grande ocorrência nas beiras de estradas. A origem do nome vem do adjetivo latino "variabile", variável, pela grande variabilidade na planta em geral, particularmente no formato das folhas e no tipo de pêlos. Os principais nomes vulgares são: velame, jurubeba-velame, velame-de-capoeira, jurubeba-falsa, juveva, jupicanga. Fonte: não informado Colaboração Lelington Lobo Franco, escritor, pesquisador, químico-fitologista (Curitiba, PR) Comentário sobre jurubeba A jurubeba de nome científico Solanum paniculatum, da família das Solanáceas, é utilizada internamente como antifebril, em doenças do fígado, em diabetes, em tumores do útero e abdómen, em anemias, inflamações do baço e problemas de bexiga. Parte utilizada: raízes, folhas e frutos. Esta espécie é facilmente confundível com outra jurubeba, Solanum fastigiatum. As duas se diferem entre si nos tipos de pêlos das folhas e ramos e na forma dos espinhos, que em S.fastigiatum são retos e em S.paniculatum são curvos e alargados na porção basal. Precaução A utilização de frutos verdes de espécies de Solanum como a jurubeba, joá, mata-cavalo e peloteira, compreendendo cada um desses nomes populares de diversas espécies botânicas, deve ser evitada, pois é comum a acumulação de glicoalcalóides capazes de provocar vômitos, diarréia, dores de estômago e cabeça. Fonte consultada Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Cláudia Maria Oliveira Simões et all. Porto Alegre: Editora Universidade/UFRGS, 1998 Colaboração Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga (Porto Alegre, RS) Foto e comentários sobre a Solanum paniculatum L. Esta jurubeba é indicada para problemas hepáticos e digestivos no interior do Brasil. Chá de suas folhas são usadas contra ressaca e externamente cicatriza feridas. Raizes, folhas e frutos são tônicos e desobstruentes. Bastante estudada por alemães na década de 60, não parece ser tóxica. Há vários trabalhos científicos sobre ela. A jurubeba-de-boi, jurubebão ou lobeira (Solanum lycocarpuim, St. Hil ), usada para problemas renais, cólicas e diabetes, além de destruir verrugas, é tóxica para o sistema reprodutivo, mas não interfere sobre a fertilidade. É tão tóxica que destrói verruga! Mais sobre jurubeba: Herbario Aquiléa Colaboração Luiz Carlos Leme Franco, médico fitoterapêuta, professor (Curitiba, PR) Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp |
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