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PLANTAS MEDICINAIS: DAMIANA

Nome popular DAMIANA
Nome científico Turnera diffusa var. aphrodisiaca (Ward.) Ubr.
Família Turnerácea
Propriedades terapêuticas Tônica, estimulante, afrodisíaca, antidiarrêica, diurética, expectorante e adstringente
Princípios ativos Óleo essencial (com mais de vinte componentes), cineol, pinenos (alfa e beta), copaeno, cadineno, calameno, p-cimeno, goma, amido, açúcares, tetrafilina, arbutina, taninos, ácidos, alcanos, daminiana, flavona, beta-sitosterol, resina.
Indicações terapêuticas Sífilis, úlceras gastrintestinais, leucorréia, diabetis (em animal há comprovação), má-digestão, diarréias, tosses catarrais, neuratenia, bronquites, dificuldades sexuais masculina e feminina, auxilia no tratamento da paralisia, albuminúria
Informações complementares
Descrição
A damiana pertence a família das Turneráceas/ Bigoneáceas, é uma planta medicinal mexicana, tônica, estimulante, afrodisíaca e antidiarrêica (Corrêa, M. Pio. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Vol. I- 1926; vol. II- 1931; vol III –s.d.; vol IV-1969; vol V- 1974; vol VI- 1975), diurética, expectorante e adstringente, usada caseiramente nas manifestações sifilíticas, úlceras gastrintestinais, leucorréia, diabetis (em animal há comprovação), má-digestão, diarréias, tosses catarrais, neuratenia, bronquites e nas dificuldades sexuais masculina e feminina, principalmente com componente neurótico ansioso.
Segundo Ênio Emmanuel Sanguinelli, auxilia no tratamento da paralisia. Um extrato alcoólico mostrou ação depressora sobre o Sistema Nervoso Central (Jiu J. A. survey of some medical plants of México for selected biological activity. Lloydia 1996;29; 250-259).
Combate a albuminúria.
No México serve como aroma de licores e como substituto do chá-da-Índia. Nos EUA está na farmacopédia oficial e é vendida em extrato fluido como “Turnerae afrodisiacae” e na Europa já teve destaque como tônico nervoso na amaurose e tônico geral na neuratenia e impotência.
É um arbusto aromático de Vênus com sabor agradável, pubescente, ramoso que tem folhas pecioladas ovado-rombas, espatuladas, obtusas e revolutas nas margens. O pedúnculo é curto e as pétalas são espatuladas com estames curtos. O fruto é uma cápsula subglobosa de cerca de 5 mm.
Existe no Brasil desde o Amazonas até São Paulo e uma outra espécie, T. opifera M., conhecida também como chanana, damiana-turnera, erva-damiana e turnera-afrodisíaca, é encontrada no sul e sudeste do Brasil, mais em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. À mesma atribuem-se iguais propriedades, principalmente a ação tônica e imediata sobre os órgãos gênito-urinários.
Princípios ativos (continuação)
Ao seu 1 % de óleo essencial (com mais de vinte componentes) amargo e adstringente com sabor de cânfora, é que se atribuem as propriedades curativas: tem 1,8 cineol(?), 13 % de pinenos (alfa e beta), copaeno, cadineno e calameno. Não se confirmam 2% de p-cimeno. Tem ainda 13,5% de goma, 6% de amido, açúcares, tetrafilina (glicosídeo cianogênico), arbutina (Glicosídeo fenólico), taninos e 3,5% ácidos (graxos e vegetais), alcanos, daminiana (7%), flavona, beta-sitosterol, 6,5% de resina.
Dosagem indicada
Utilizam-se, em uso interno, uma colher de sopa de folhas desidratadas (4 g) em chá por infusão (um litro de água), três xícaras ao dia. Pode ser administrada a crianças, em sexta, terça ou meia parte, dependendo das idades.
Externamente é usada em compressas e duchas. Para a leucorréia faz-se aplicações diárias em seringa de borracha de um infuso com seis colheres de sopa das folhas em um litro de água.
Toxicidade
Alguém apresentou convulsão com dose de 200g de extracto, e 1g de arbutina, então é considerada tóxica, mas isto não preocupa porque equivale a 100g da erva. Por outro lado, o efeito afrodisíaco não foi comprovado, há pouca documentação sobre esta planta, e não se conhece bem sua composição. Ainda mais pela possibilidade de glicosídeo cianogênicos, além das arbutina, deve-se tomar cuidar ao usar esta planta. Talvez seja interessante esperar maiores informações sobre ela para que seu uso se justifique.
Colaboração
Dr. Luis Carlos Leme Franco (Curitiba, PR) - abril, 2004
Texto de seu livro "Fitoterapia para a Mulher".

Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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