Nome popular | CUPUAÇÚ |
Nome científico | Theobroma grandiflorum (Willd ex Spreng) Schum. |
Família | Sterculiaceae |
Sinonímia popular | Cupuaçú-verdadeiro |
Princípios ativos | A polpa contém fósforo e vitamina C. As sementes apresentam por volta de 60% de gordura, com alto coeficiente de digestibilidade, como as do cacau, tendo a vantagem de não conter cafeína. |
Informações complementares Nome em outro idioma Brasil. É espécie nativa do Estado do Pará, onde pode ser ainda encontrado em estado silvestre na mata virgem alta de várias localidades do Estado. É frequente o cultivo dessa espécie em quase toda a Amazônia, aí incluida a parte nordeste do Estado do Maranhão. Fora do Brasil, é cultivado também em alguns países tropicais da América do Sul e Central tais como a Venezuela, Equador, Colômbia e Costa Rica. Características É uma árvore de pequeno porte, ciclo anual, que alcança até 8m de altura (nos indivíduos cultivados) e de porte médio, alcançando até 18m de altura (nos indivíduos silvestres, na mata alta). O tronco geralmente é reto com a casca de cor marrom-escura, fissurada, ramificação tri- cotônica, ramos superiores ascendentes, os inferiores horizontais, ambos com ritidoma esfoliado. As folhas são simples, inteiras, subcoriáceas, com até 35cm de comprimento por até 10cm de largura. Lâmina oblonga ou oblonga-obovada, atenuada, ápice abrupto-acuminado, com base obtusa ou arredondada, glabra, de cor verde e sub-brilhosa na face superior, e verde-glauco ou roseo-pálido face inferior, com delicado revestimento de pêlos estrelados; nervuras laterais, acentuadamente dirigidos para o ápice do limbo, o par inferior em ângulo mais agudo; nervuras terciárias transversais e sub-paralelas. As flores são grandes, vermelho-escuras, dispostas em cachos de até 5 flores ou mais, brotando dos galhos tomentosos. Pendúculos curtos, espessos, com 3 brácteolas estreito-lineares; cálices com 5 pétalas cada um. O fruto é uma baga de forma elipsóide ou oblonga, com as extremidades obtusas ou arredondadas, que lembra o futo do cacau, apresentando uma coloração castanho escura aveludada, medindo até 24cm de comprimento por 12cm de diâmetro, pesando até 1,5kg, e com cerca de 50 sementes, superpostas em 5 fileiras verticais, cada semente envolvida por copiosa polpa branca-amarelada, mucilaginosa, de sabor acidulado e cheiro característico, agradável. A casca do fruto é dura e lenhosa, mas facilmente quebrável. Na maturação os frutos caem sem o pedúnculo, ocasião em que exala o cheiro característico. Uso culinário A polpa do cupuaçú, de sabor ácido e aroma forte, é muito apreciada ao natural ou em forma de sorvetes, licores, vinhos, compotas, doces, sucos e geléias. As sementes, devidamente preparadas, dão um bom chocolate (Cupolate, melhor dizendo) e a gordura pode ser transformada em manteiga de cacau. A receita do chocolate branco As sementes de cupuaçu, sem a polpa e sem adição de água, são postas a fermentar. Após 24 horas se adiciona uma solução de açúcar a 30% na proporção de 1% de solução com relação ao peso do material; a solução deve estar a 38%. Após 48 horas de iniciar a fermentação, nova solução de açúcar é adicionada na mesma concentração e temperatura, devendo-se revolver as sementes duas vezes por dia. A fermentação termina no quinto ou sétimo dia, onde as sementes são lavadas, secas ao sol, torradas a 180º C, descascadas estando prontas para serem transformadas em chocolate em pó. Uma parte das amêndoas deve ser prensada para a obtenção da manteiga de cupuaçu, que será utilizada na formulação das massas para o preparo dos tabletes; a torta restante é moída e adicionando 10% de açúcar comum em relação ao peso final, produz-se o "cupulate em pó". Fonte: Jornal De volta às Raízes. Publicação do Centro Nordestino de Medicina Popular - Ano XI - Nº 59. Maio/Junho. 1996. Bibliografia
João Luiz Dias, arquiteto aposentado pelo Centro Federal de Ensino Tecnológico (CEFET/PA). Setembro de 2006. Colaboraram também Érika Alves Tavares Marques, Bióloga (Universidade Federal Rural de Pernambuco); Tarsila Sangiorgi Rosenfeld (Comunicóloga, SP). Setembro de 2006. Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp |
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