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PLANTAS MEDICINAIS: CAVALINHA

Nome popular CAVALINHA
Nome científico Equisetum arvense L.
Família Equisetáceas
Propriedades terapêuticas Diurético, anti-hipertensivo, mineralizante, antiinfeccioso, antiprostático.
Princípios ativos Saponinas (equisetoninas), potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonóides, alcalóides, taninos, fitosteróides, ácidos graxos aconitínico, benzóico, málico, gálico, péctico, vitamina C, resinas, lignanos
Indicações terapêuticas Osteoporose, reumatismo, ajuda nos tratamentos para emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sangüínea.
Informações complementares
Origem
Europa
Nome em outros idiomas

  • Espanhol: cola de caballo, yunquillo, yerba de los plateros, yerba del tigre, cola de lagarto (Uruguai) e tembladera pequeña (Colômbia).
  • Inglês: equisetum ou horsetail
Descrição
As cavalinhas (Equisetum arvensis L/Equisetum hyemale) habitam o mundo todo, inclusive o Brasil, onde se adaptou. É uma planta perene, rizomatosa e reptante da família das Equisetáceas, que prefere terrenos pantanosos ou úmidos. Caracteriza-se pelos talos férteis, pardo-amarelos ou estéreis, verdes. Os primeiros nascem no inverno e formam espigas esporangíferas de até 20 cm, enquanto os vedes, de até 80 cm, surgem dos primeiros.
Esta planta deriva de ancestrais mesozóicos de mais de 270 milhões de anos. Seus rizomas são longos e tem nós de espaço a espaço além de lançarem ramificações compridas que formam curvas bonitas semelhantes ao que acontece com os rabos de cavalos. Daí seu nome.
Tem 5% de saponinas (equisetoninas) e mais potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonóides, alcalóides, taninos, fitosteróides, ácidos graxos (linolêico, linólico e oléico) aconitínico, benzóico, málico, gálico, péctico e vitamina C, além de resina e lignanos.
Uso medicinal
Por seu alto conteúdo mineral, principalmente o silício, a cavalinha é muito usada para recompor o tecido conjuntivo, por aumentar a atividade dos fibroblastos e a elasticidade dos tecidos, o que a torna útil na osteoporose e reumatismos (Weiss R., 1980). Por outro lado, tendo potássio, equisetonina e ácido gálico, é um bom diurético e anti-hipertensivo, além de ajudar nos tratamentos para emagrecer, conforme Bakke, F. et al., 1980, já estudaram.
Nos edemas pré-menstruais, o equiseto pode ajudar muito, já que receita de diurético de síntese não funciona: na Colômbia, Corpas J. et al., em 1995, fizeram pesquisas neste sentido e mostraram que estigmas de milho e equiseto eram bons medicamentos para isto. Ademais, por ter ácidos, aconítico e cítrico, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sangüínea, contracenando estes ácidos com a silícea e os flavonóides (Viñas, F., 1993).
Um trabalho de Peris, J. et al., em 1995, mostrou algum efeito retardador sobre o crescimento de células neoplásicas e do aparecimento de metástases e que os alcalóides podem ter ação anticolinérgica e oxitócica.
Dosagem indicada
Na etnomedicina, decocção de seus talos (50 g/l) é usada como mineralizante, diurético, antiinfeccioso, urinário e antiprostático, com quatro xícaras ao dia (50 g tem aproximadamente 30 mg de silício, mais ou menos o que se usa em prescrição médica).
Outros usos
Na Europa, o E. hyemale, variedade do nosso equiseto, é usado para pulir prata e estanho. Isso é possível pela alta quantidade de silício que apresenta (a areia tem muito silício).
Também o colocam sobre páginas de livros velhos para protegê-los de deterioração e na agricultura biológica a cavalinha macerada, seu pó ou decocção é usada para controle de pragas.
Na cosmética, é reforçador de unhas e ajuda na prevenção de estrias e rugas por ter, como vimos, muito silício. Este metal participa da formação de glucosaminaglicanos, essenciais para o metabolismo de ossos e cartilagens.
Referência
FRANCO, L.C.L.; LEITE, R. C. Fitoterapia para a Mulher. Corpomente, Curitiba, 375p. 2004.
O livro abrange assuntos como amamentação, miomas, leucorréia, esterilidade, distúrbios menstruais, climatério, frigidez, mostrando as plantas que atuam nestas patologias.
Colaboração
Luis Carlos Leme Franco, Médico (Curitiba, PR), 2004.

Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/index.asp

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