Nome popular | ARRUDA |
Nome científico | Ruta graveolens L. |
Fotos ampliadas | 1 |
Família | Rutaceae |
Sinonímia popular | Arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, ruta-de-cheiro-forte, ruda. |
Sinonímia científica | Ruta chalepensis |
Parte usada | Folhas, flores |
Propriedades terapêuticas | Adstringente, analgésica, antiasmática, antiepiléptica, antiespasmódica, anti-helmíntica, anti-hemorrágica, anti-histérica, antiinflamatória, antinevrálgica, bactericida, calmante, carminativa, cicatrizante. |
Princípios ativos | Alcalóides, ácido salicílico livre, álcool metilnonílico, e seus ésteres, matérias resinosas e pépticas, flavonóides, óleo essencial, pipeno, psoraleno, quercitina, ribalinidina, rubalinidina, rutacridona, rutalidina, rutalinium, rutina. |
Indicações terapêuticas | Normalização do ciclo menstrual, sarna, piolhos, conjuntivite, leximaniose. Acredita-se que a mais importante virtude da arruda é oferecer maior resistência aos capilares sangüíneos, evitando-se assim possíveis hemorragias. |
Informações complementares Espécies de arruda Nomes em outros idiomas Rue, common rue, garden rue, german rue, herb-of-grace, countryman´s treacle, herbygrass, aruta, somalata, sadab, weinraute. Origem Sua predominância está nos países de clima temperado, embora se diga que é originária da Ásia Menor. Características De origem herbácea e com muitos ramos, ela cresce em touceiras e chega a atingir até 60cm de altura e compõe uma família que abrange em torno de 1600 espécies de arbustos e árvores, além de algumas herbáceas. A arruda é uma planta de existência longa, que se renova a cada primavera. Suas folhas, de um bonito verde claro, contrastam com o amarelo-ouro de suas flores em ramalhete, dotadas de quatro pétalas, com exceção da flor central que possui cinco pétalas. Os frutos têm a forma de cápsulas arredondadas. Toda a planta é dotada de um odor característico, forte, devido à presença de uma essência de sabor picante que, na maioria das vezes, permanece mascarado pelo próprio perfume. Na composição das folhas são encontrados princípios amargos, resina, goma, matérias tânicas e, sobretudo, um glucosídio denominado rutina. Incontestavelmente a arruda é muito conhecida na medicina, seja científica ou popular, da mesma forma como está presente no folclore. Segundo o dito popular, a arruda serve para tirar o mau olhado das pessoas invejosas. Indicações terapêuticas (continuação) Afecção dos rins, alterações menstruais, ansiedade, asma brônquica, bexiga, calvície, cefaléia, ciática, clerose, conjuntivite, derrame cerebral, dermatite, dores de ouvido, dor intestinal, enxaqueca, flebite, fígado, fragilidade dos capilares sanguíneos, gases, gota, hemorróidas, hipocondria, inchaço nas pernas, incontinências de urina, inflamação, inflamação nos olhos, insônia, limpeza de feridas, nevralgia, olhos cansados, onicomicose, otite, ouvido (feridas e zumbido), nevralgias, normalização das funções do ciclo menstrual (menstruação escassa), paralisia, parasitas (piolhos e lêndeas), pneumonia, prisão de ventre, repelente de insetos (pulgas, percevejos, ratos), reumatismo, sarna, varizes, vermes (oxiúros e ascárides). Receitas Vermífugo Picar duas folhas e colocá-las em 100ml de álcool de cereais dentro de um vidro de cor âmbar. Depois de 9 dias, tomar 6 gotas da tintura em uma colher de sopa de água a noite antes de dormir, durante 10 dias. Combate a piolhos Lavar a cabeça 2 vezes ao dia com o chá morno (20 g para cada litro de água). Enxaguar com xampu ou sabonete. Parasitas, piolhos e lêndeas Socar em um pilão 4 folhas de Arruda. Juntar com um copo de vinagre branco, uma colherinha de sal marinho e deixar em maceração por três dias. Coar e aplicar o líquido no couro cabeludo com um chumaço de algodão. Deixar agir por duas horas sem se expor ao sol para evitar queimaduras. Lavar os cabelos como de costume e repetir este processo três vezes na semana. Sarna Chá das folhas (20 g para 1 litro de água). Tomar 3 xícaras ao dia. 1 copo de folhas frescas picadas em 1 litro de álcool. Deixar por uma semana: passar no local afetado pela sarna. Conjuntivite Decocção de 2 colheres das de sopa de folhas em 1/2 litro de água por 5 minutos. Uso externo. Coar, esperar amornar e aplicar compressas de algodão várias vezes ao dia sobre os olhos. Macerar as folhas e deixá-las de molho durante 4 horas. Lavar os olhos com água de arruda. Estresse (esgotamento) Chá das folhas (l5 g para 1 litro de água). Tomar 2 xícaras ao dia. Amenorréia (ausência do fluxo menstrual fora do período de gravidez) Chá das folhas (5 g para 1 litro de água). Tomar 1 xícara ao dia. Normalizar o ciclo menstrual Socar em um pilão duas folhas grandes de Arruda e adicionar uma xícara de chá de água. Deixar em maceração por uma noite e coar no dia seguinte. Tomar em jejum durante os oito dias que antecedem a menstruação. Contra-indicações/cuidados É necessário ter muito cuidado pois é uma planta TÓXICA. É venenosa e abortiva. Contra-indicada para gestantes, lactantes, hemorragias, cólica menstrual e sensibilidade na pele. Efeitos colaterais Doses elevadas do chá podem causar vertigens, tremores, gastroenterites, convulsões, hemorragia e aborto, hiperemia dos órgãos respiratórios, vômitos, salivações, edema na língua, dores abdominais, náuseas e vômitos, secura na garganta, dores epigástricas, cólicas, arrefecimento da pele, depressão do pulso, contração da pupila e sonolência. Pode causar fitodermatites, através de um mecanismo fototóxico que torna a pele sensível à luz solar. Nas mulheres pode levar a hemorragias graves do útero. Curiosidades Michelângelo e Leonardo da Vinci afirmaram que foi graças aos poderes metafísicos da arruda que ambos tiveram sensíveis melhoras em seus trabalhos de criatividade. Na Idade Média, era muito usada em rituais religiosos, tida como erva de proteção contra feitiçarias. Por este motivo, é usada até hoje para espantar maus olhados. Colaboração Ana Lúcia Trinquinato Toriani, professora, especialista em Fitoterapia (Jundiaí, SP). 2006 Referência TORIANI, A.L.T. Ruta graveolens L. (arruda): O conhecimento e suas particularidades. Faculdades Integradas Espírita. Monografia. Curitiba, 2006 Fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp |
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