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Alemães lideram comércio europeu de plantas medicinais

Mais do que em qualquer outro país europeu, são usadas na Alemanha, anualmente, 45 mil toneladas de plantas medicinais. Isto acarreta, no entanto, um problema para a proteção das espécies.

 

Nos últimos anos, médicos e pacientes alemães preferem, cada vez mais, medicamentos à base de plantas medicinais. Nas farmácias, cerca de três quartos dos clientes optam por remédios naturais quando compram medicamentos que não necessitam de receita médica.
Em 2006, produtos da assim chamada fitofarmacologia no valor de 2 bilhões de euros foram vendidos pelas farmácias – quase um terço da receita total dos medicamentos sem prescrição médica. A demanda por plantas medicinais é, respectivamente, bastante alta: por suas folhas, flores, caules, raízes e sementes.
Maior consumidor da Europa
Folha de tomilho é usada como planta medicinalBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Folha de tomilho é usada como planta medicinalA Pharma Wernigerode, uma das maiores empresas farmacêuticas do Leste alemão, emprega mais de uma dezena de plantas medicinais, dentre as quais, a cada ano, cinco toneladas de camomila e uma tonelada de folhas de tomilho.
Ao todo, são empregadas anualmente 45 mil toneladas de plantas medicinais na Alemanha – o líder em consumo de ervas e plantas medicinais da Europa.
Segundo o Departamento Federal de Proteção à Natureza (BfN), são comercializadas, seja em grandes ou em pequenas quantidades, cerca de 1,5 mil diferentes espécies de plantas medicinais no país. "Internacionalmente, somos o terceiro importador e exportador mundial", afirma Uwe Schippmann, ativista do meio ambiente do BfN. "A Alemanha é realmente um centro de transbordo", acrescenta.
150 espécies ameaçadas na Europa
Empresa usa toneladas de camomilaBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Empresa usa toneladas de camomilaPor esta razão, quando se trata da proteção às plantas medicinais, Schippmann vê uma responsabilidade especial da Alemanha, pois a natureza como farmácia ameaça encolher.
Mundialmente, a coleta excessiva e o comércio descontrolado põem em risco os efetivos de 4 mil espécies de plantas medicinais. Na Europa, cerca de 150 espécies estão ameaçadas de extinção.
Enquanto prímula e drósera estão sob rígida proteção na Alemanha, elas são coletadas para comercialização no Sudeste da Europa e na Espanha. Reservas inteiras ameaçam ser dizimadas.
Já há cerca de dez anos, o BfN trabalha junto com o WWF, antes cconhecido como Fundo Mundial para a Natureza, num conceito amplo para a preservação de plantas e ervas medicinais. Segundo Schippmann, a produção industrial não seria alternativa, pois a domesticação da maioria destas plantas é extremamente difícil ou praticamente impossível. Sustentável também não é, explica o ativista.
Cultivo ameaça coletores na Namíbia
Garra-do-diabo é usada contra reumatismoBildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Garra-do-diabo é usada contra reumatismoPor exemplo, a garra-do-diabo da Namíbia, usada no tratamento do reumatismo, é coletada pela população dos bosquímanos San. O ativista do BfN afirma que cerca de 10 mil famílias San dependem desta coleta.
Se o difícil cultivo da garra-do-diabo funcionasse, uma série de produtores comerciais namibianos lucraria, mas as 10 mil famílias envolvidas na coleta estariam fora do negócio, explica Schippmann.
Mais eficaz seria controlar a coleta silvestre no próprio local e atuar de forma que só seja tirada da natureza uma quantidade que possa crescer novamente. Que isto funciona é comprovado, há anos, pelo mais importante fornecedor alemão de plantas medicinais, a empresa Martin Bauer.
Na Namíbia, a companhia ensina os coletores da garra-do-diabo a explorá-la respeitando as reservas. Para garantir a regeneração da planta, são estabelecidas, anualmente, áreas de exploração limitadas – fato estimado pelos clientes, entre eles, a Pharma Wernigerode, afirma Helmut Burckhardt, chefe do controle de qualidade da empresa.
 
Lydia Heller (ca) 

Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3113321,00.html 

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